"Epistemicídio e resistência: diálogos transatlânticos entre Brasil, Cabo Verde e EUA"

(Portugues)

Esta mesa propõe um debate transnacional sobre o epistemicídio como uma das expressões mais persistentes e violentas do colonialismo e do racismo estrutural. A partir de experiências e estudos desenvolvidos no Brasil, em Cabo Verde e nos Estados Unidos, buscamos mapear os mecanismos de apagamento, silenciamento e subalternização dos saberes produzidos por comunidades negras, indígenas e tradicionais, bem como destacar práticas de resistência e reexistência. Inspirados por autoras e autores como Sueli Carneiro, Grada Kilomba e bell hooks, problematizamos como a colonialidade do saber atravessa os sistemas educativos, as políticas públicas, a academia e os modos de vida.

A mesa será composta por pesquisadoras/es e ativistas com trajetórias diversas, unidas/os pela construção de práticas pedagógicas, científicas e políticas voltadas à valorização dos saberes contra-hegemônicos e à descolonização das estruturas de conhecimento. A proposta visa também contribuir para o fortalecimento de redes de solidariedade negra e anticolonial entre as diásporas africanas nas Américas e no Atlântico Negro.

Eixos temáticos sugeridos para a mesa:
1- Epistemicídio e racismo institucional: trajetórias e comparações entre Brasil, Cabo Verde e EUA
2 - A crítica ao mito da mestiçagem e o colorismo como expressão do epistemicídio
3 - Educação e resistência: práticas pedagógicas decoloniais em contextos afrodiaspóricos
4 - Saberes ancestrais e territórios: o papel das comunidades tradicionais e quilombolas
5 - Produção de conhecimento na periferia do sistema-mundo: gênero, raça e ciência